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quarta-feira, 29 de maio de 2013
Incorporadoras retomam projetos diferenciados para fachadas.
A euforia nos lançamentos imobiliários, que fez muitas incorporadoras reproduzirem modelos arquitetônicos em série nos prédios residenciais no Brasil afora, está dando espaço para uma nova preocupação no setor imobiliário.
Atrás de clientes de alta renda e da promoção da marca em um mercado para lá de competitivo, as construtoras têm buscado projetos de arquitetura e decoração mais ousados.
“Quando o tempo e o dinheiro eram as premissas básicas de um projeto, pressionado pela alta demanda, ficava difícil pensar em arte numa obra residencial”, explica a arquiteta e decoradora de interiores Amanda Andrade, especialista no tema pela Universidade Estadual de Londrina.
Para ela, quando a região contou com o boom imobiliário, a urbanização e a manifestação artística foram aspectos visivelmente desconsiderados por grande parte das construções recentes. “Mas, esse cenário está mudando, felizmente”, diz.
Paulo Frisoni, da empresa Montagem Arquitetos, também diz acreditar nessa tendência e cita como exemplo de harmonia entre arquitetura e funcionalidade o Edificio Rochaverá, em São Paulo, localizado ao lado do shopping Morumbi.
“O edifício, além de ser uma obra prima, possui também alta tecnologia em eficiência energética e conforto térmico para os usuários”, pontua.
Para especialistas, a tendência dos novos edifícios é a harmonia entre arquitetura e funcionalidade
Outro case que ilustra a preocupação com o design é o Edifício Oka, em construção no bairro da Vila Madalena, São Paulo, com apenas oito unidades residenciais em áreas variando entre 360m2 e 550m2.
O projeto, do arquiteto Isay Weinfeld e incorporado pela Idea!Zarvos, recebeu o prêmio MIPIM AR Future Projects Awards da revista inglesa Architectural Review na categoria Residencial, entre 143 projetos concorrentes de todo o mundo.
Para os especialistas, apesar de muitos novos empreendimentos se preocuparem com a transformação positiva da paisagem, ainda vai demorar para as grandes metrópoles receberem apenas edifícios com calçadas largas, praças públicas, lojas, paisagismo e decoração compatível às características da região.
“Muitos profissionais não querem modificar uma ‘fórmula’ que acreditam estar dando certo, optando por não arriscar em algo inovador”, completa Frisoni.
“A arquitetura diferenciada em áreas degradadas, por exemplo, pode ser um ponta pé inicial para transformar o entorno, além de contribuir com o desenvolvimento urbano de toda a cidade.”
Fonte: Revista Zap Imóveis
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